Fonte: Pavablog
título original: Antropólogo realiza observações científicas a respeito do impacto da religião na vida das pessoas
T. M. Luhrmann, no The New York Times [via UOL]
Uma das descobertas científicas mais impressionantes sobre religião nos últimos anos é que ir à igreja uma vez por semana faz bem. Frequentar a igreja – e no mínimo, a religiosidade – melhora o sistema imunológico e diminui a pressão arterial. Isso pode acrescentar até dois ou três anos de vida. A razão para isso não está inteiramente clara.
O apoio social é sem dúvida uma parte da história. Nas igrejas evangélicas que estudei como antropólogo, as pessoas realmente parecem cuidar umas das outras. Elas apareciam com o jantar quando os amigos estavam doentes e se sentavam com eles quando estavam tristes. A ajuda às vezes era surpreendentemente concreta. Talvez um terço dos membros da igreja pertencia a pequenos grupos que se encontravam semanalmente para falar sobre a Bíblia e suas vidas. Uma noite, uma jovem de um grupo no qual eu tinha entrado começou a chorar. Seu dentista tinha dito que ela precisava de um procedimento de US$ 1.500, e ela não tinha o dinheiro. Para meu espanto, nosso pequeno grupo – cuja maioria era de estudantes – simplesmente cobriu os custos, com doações anônimas. Um estudo realizado na Carolina do Norte descobriu que fiéis frequentes tinham redes sociais maiores, com mais contatos, mais afeição e mais tipos de apoio social do que as pessoas que não frequentavam igrejas. E nós sabemos que o apoio social está diretamente ligado a uma saúde melhor.
O comportamento saudável é, sem dúvida, outra parte. Certamente muitos fiéis lutam com comportamentos que gostariam de mudar, mas, em média, os frequentadores regulares de igrejas bebem menos, fumam menos, usar menos drogas recreativas e são menos sexualmente promíscuos do que os outros.
Isso corresponde às minhas próprias observações. Numa igreja que eu estudei no sul da Califórnia, a história de conversão mais comum parecia ser ter encontrado Deus e nunca mais ter tomado metanfetaminas. (Uma mulher me disse que ao esquentar sua dose, ela desencadeou uma explosão no apartamento de seu pai que estourou as portas de vidro. Ela me disse: “Eu sabia que Deus estava tentando me dizer que eu estava indo pelo caminho errado.”) Na igreja seguinte, lembro-me de ter ido a um grupo que ouvia uma mulher falar sobre um vício que ela não conseguia largar. Assumi que ela estava falando sobre sua própria batalha contra a metanfetamina. No fim, ela achava que lia romances demais.
No entanto, acho que pode haver outro fator. Qualquer religião demanda que você vivencie o mundo como algo mais do que é apenas material e observável. Isso não significa que Deus é imaginário, mas que, como Deus é imaterial, os que creem nele precisam usar sua imaginação para representar Deus. Para conhecer Deus numa igreja evangélica, você deve experimentar o que só pode ser imaginado como real, e você deve experimentar isso como algo bom.
Quero sugerir que esta é uma habilidade e que pode ser aprendida. Podemos chamá-la de absorção: a capacidade de se envolver em sua imaginação, de uma maneira que você goste. O que eu vi na igreja como um observador antropológico foi que as pessoas eram incentivadas a ouvir a Deus em suas mentes, mas apenas para prestar atenção às experiências mentais que estavam de acordo com o que elas considerassem ser o caráter de Deus, que elas consideram bom. Vi que as pessoas eram capazes de aprender a vivenciar Deus dessa forma, e que aquelas que eram capazes de vivenciar um Deus amoroso de forma vívida, eram mais saudáveis – pelo menos, julgando por uma escala psiquiátrica padronizada. Cada vez mais, outros estudos confirmam esta observação de que a capacidade de imaginar um Deus amoroso vividamente leva a uma saúde melhor.
Por exemplo, num estudo, quando Deus era experimentado como algo mais remoto não amoroso, quanto mais alguém rezava, mais sofrimento psiquiátrico parecia ter; quando Deus era experimentado como próximo e íntimo, quanto mais alguém orava, menos doente ficava. Em outro estudo, numa faculdade cristã particular no sul da Califórnia, a qualidade positiva de um apego a Deus diminuiu significativamente o estresse e fez isso de forma mais eficaz do que a qualidade das relações da pessoa com outras pessoas.
Eventualmente, isso pode nos ensinar como aproveitar o efeito “placebo” – uma palavra terrível, porque sugere uma ausência de intervenção em vez da presença de um mecanismo de cura que não depende de produtos farmacêuticos nem de cirurgia. Nós não entendemos o efeito placebo, mas sabemos que é real. Ou seja, temos cada vez mais provas de que o que os antropólogos chamariam de “curas simbólicas” têm efeitos físicos reais sobre o corpo. No cerne de alguns destes efeitos misteriosos pode estar a capacidade de confiar que aquilo que só pode ser imaginado seja real, e seja bom.
Mas nem todos se beneficiam da cura simbólica. No início deste mês, o filho mais novo do famoso pastor Rick Warren se suicidou. Sabemos poucos detalhes, mas a perda nos lembra que sentir desespero quando você quer sentir o amor de Deus pode piorar a sensação de alienação. Necessitamos com urgência de mais pesquisas sobre a relação entre doença mental e religião, não só para que possamos compreender mais intimamente essa relação – as formas pelas quais elas estão ligadas e são diferentes –, mas para reduzir a vergonha daqueles que são religiosos e ,no entanto, precisam buscar outros cuidados.
*T. M. Luhrmann, professor de antropologia na Universidade de Stanford e autor do livro “When God Talks Back: Understanding the American Evangelical Relationship With God” [algo como: "Quando Deus Responde: Entendendo a Relação dos Evangélicos Norte-Americanos com Deus"] é um colunista convidado.
Tradução: Eloise De Vylder
Muitas pessoas tem a ideia de que frequentar a igreja faz bem a saúde , de certa forma faz bem sim mas oque realmente faz bem é ter a fé, por que com isto teremos muita esperança no bem das pessoas.
ResponderExcluirNomes: Gabriel Souto, William Fink e Reny Araujo.
turma:201
É verdade, estar com Deus e saber que temos um lugar pelo qual podemos nos comunicar e sentir que estamos com ele faz bem a todos nós,a igreja é um lugar que te purifica e tranquiliza, nada melhor que isso!
ResponderExcluirNomes: André Ferreira, Felipe Machado e Shaury Quevedo
Turma: 201
Frequentar a igreja faz bem sim a saúde e faz bem ainda é alimentar nossa fé em Deus, estar com Deus e saber que ele está com a gente é uma das coisas maravilhosas que temos. Com Deus temos a segurança, o conforto, a acolhida. A igreja é um ótimo lugar para todos os momentos em nossa vida e também para nossa fé.
ResponderExcluirLuiz Felipe - T: 301
Frequentar a igreja é ótimo, porém, não é o ato de frequentar a igreja que lhe faz bem a saúde e sim, a fé e o sentimento de paz interior que você sente enquanto está lá dentro e depois quando sai de lá purificado por Deus depois de ter pedido perdão pelos pecados que cometeu. Leonardo S. e Matheus S. T: 301
ResponderExcluirNos dias de hoje, ir à Igreja está sendo uma prática muito comum entre as pessoas. Em um mundo com tanto preconceito e baixa autoestima, as pessoas estão procurando algo que as faça bem e principalmente, com que elas se sintam valorizadas. Lá elas adquirem confiança e isso acarretará numa vida mais feliz e realizada. Vitória e Vanessa - 202
ResponderExcluirFaz muito bem ter uma crença e praticar ela, na igreja podemos exercitar nossa religiao, parar para pensar, rezar e repensar o que fizemos de bom no dia, agradecer e pedir pelo melhor de nossos amigos, familia e até pelos nossos inimigos.
ResponderExcluirAléxia e Mariana 202
concordo
ResponderExcluirSe frequentamos a Igreja deve ser porque temos fé em Deus. Se temos fé em Deus, temos a consciência de que jamais estaremos sós, e isso já melhora muito nossa saúde, do corpo e da alma.
ResponderExcluirA igreja pode ser considerada nossa segunda casa no mundo,pois é onde nós falamos com Deus e rezamos para ter uma vida melhor, e assim fortalecemos nossa fé em Deus.
ResponderExcluirNomes: Patrick Becker E Vitor Gabriel
Turma: 102
Ferquentando a casa de Cristo teremos uma vida melhor por diversos motivos, como por exemplo: fisica e espiritualmente. E também nos tornaremos pessoas melhores com a palavra de Deus em nossas mentes.
ResponderExcluirLucas Mocelin e Edrei T:102
A igreja não só nos fortalece no espirito quanto fisicamente, convivendo com pessoas amigas, a igreja é uma casa de descanso, uma casa para pensarmos e agradecermos, e a igreja mais que isso é uma escola um aprendizado.
ResponderExcluirYasmin A. Guilherme L.
T:101
Frequentar a igreja é muito importante, pois é quando você deixa um pouco de lado seus problemas e compartilha eles com Deus. Para algumas pessoas é uma forma de relaxar e ajudar a população.
ResponderExcluirGabriela Damasco
TURMA:101
Claro que é importante frequentar a igreja quando se é cristão. Aumenta a fé e felicidade.
ResponderExcluirMas não são todos que se sentem bem em uma igreja, não precisamos forçá-las à isso.
Gustavo, João Vitor
Turma 103
Muitas pessoas precisam ir á igreja para melhorar seu bem-estar, pois lá praticamente todas as pessoas se sentem livre para se confessar e praticar suas crenças. Muitas pessoas acham que é perca de tempo , mas lá , você terá fé e coragem para enfrentar o dia-a-dia.
ResponderExcluir(Lukas Giembra, Leonardo Rosa, Leonardo Santos - 103)
Nos dias de hoje, com muita violência, desavenças, as pessoas não tiram um momento de seu tempo para frequentar uma igreja e ter um minuto com Deus.
ResponderExcluirIsabella Kayser, Juliana Kayser e Felipe Silveira
Turma 103
Frequentar a igreja faz bem para saúde mental, pois aumentamos nossa fé, pensamos sobre nossos atos e nos conectamos com Deus. Assim temos uma vida mais feliz.
ResponderExcluirAlana Cardoso, Camila Rodeghiero e Karoline Oliveira
103
Faz muito bem ter uma crença e praticar ela, na igreja podemos exercitar nossa religiao, parar para pensar, rezar e repensar o que fizemos de bom no dia, agradecer e pedir pelo melhor de nossos amigos, familia e até pelos nossos inimigos.
ResponderExcluirMaria Eduarda Tulini 103